Por amor à vida

Como dói este sentimento que dilacera o coração

Impotente sem nada poder fazer

Somos dotados de livre arbítrio

Gritava aos quatros cantos a minha dor

Cadê o amor próprio para onde foi?

Como é difícil ver, saber, conviver com

Alguém que você gosta que seja dependente químico

A luta de quem convive seja parente ou amigo

Como o CRACK destrói vidas, sonhos dos seres humanos

Não percebem que não é só a vida deles que estão destruindo

Dói mais que navalha na carne ver a degradação humana

A cura depende dele próprio por mais que receba ajuda

Ele é o único responsável pela própria vida

Na repulsa de viver lentamente vai morrendo

O terrível sentimento de ver a autodestruição

Por quê? A vida vale apena, viver é nosso bem maior

A destruição humana por livre e espontânea vontade

Quando se acha que o pesadelo acabou

O desespero a pior das sensações, a recaída

Quantas juras não cumpridas, quantos sonhos se perderam

Em cada recaída o sofrimento invade lágrimas, o desengano

Porque o ser humano ao invés de viver quer morrer?

Diga não para as drogas, celebre a vida

Quantos lutam para viver, outros para andar

Quantos gostariam de ter tempo para recomeçar

Muitos preferem abreviar suas vidas com as próprias mãos

Em fragmentos permaneço, a vida não tem preço.

PS. Para um amigo. Se um dia vc ler, saberá o que sinto e como torço por você.

Maria Mendes
Enviado por Maria Mendes em 15/10/2013
Reeditado em 15/10/2013
Código do texto: T4526760
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