Ao passado

"Parece que dizes: -Te amo, Maria..."

Curioso e diabólico: sao as mesmas chamas e sustos. Nao há saciedade, nao há fim. E com esse lema sua alma sobrepassava o drama.

Ainda ontem saimos, -me dizias-, Branca... E ao vento, as folhas dançavam os seus olhos. E o que foi daquela parede ingreme recoberta de verde e ramas? Quero pensar que segue alí; que segue alí todo o amor que sentí. Daquela cachoeira que corria, guardei o frescor de seus lábios. Ah,... Queria aquela pedra de rio, grande, lisa e generosa, onde o sol fazia estender os nossos corpos apaixonados.

Com a memória tosca e uma imensa dose de infantilidade, sigo pensando que foi ontem que estivemos por última vez. Ontem quando quería ser sua.