Kolemar Rios – O Príncipe da Sonetaria Paraense

“Querido amigo, Caxias tem que te dar o valor do tamanho da tua poesia. Você é uma excelente poeta. Hoje venho aqui te deixar o meu abraço, pela acolhida dos meus escritos, por ti tão bem recebido. Saio do recanto, na certeza que voltarei sempre pra ler a tua linda poesia. Um grande abraço. Kolemar Rios
Enviado por kolemar Rios em 13/05/2007 10:23


Ao imenso amigo e poeta

KOLEMAR RIOS


     É com grande alegria que recebo as tuas belas palavras de incentivo, porém, fica um vazio na escuridão em saber que vais sair do Recanto, tal expressão me causa tristeza nesta fragmentação com uma ida que se arrebenta nas emoções, sem saber os motivos ou os preparativos desta última viagem.

     Jamais farei comunhão do abraço ofertado numa despedida com saudação fervorosa, que arde sem queimar, que molha o semblante na tristeza dos meus olhos. 

     KOLEMAR! Não farás das tuas palavras, o que diz o segundo livro do Pentateuco, onde se narra a saída dos hebreus do Egito (Êxodo). 

     Saiba amigo, que sempre vou apreciar o maior Príncipe do Pará em Sonetaria, que encobre na alma, os versos, estrofes encadeadas nas palavras e sentimentos.

     KOLEMAR, não haverá ADEUS, sem que haja ainda as famosas composições poéticas nos 14 versos, dispostos em duas quadras e dois tercetos que vibram no teu sangue.

     KOLEMAR RIOS, filho de Belém da maior cidade do Estado do Pará, estribado na segunda maior estrela da Amazônia brasileira.
A tua  Amazônia transpira nestes minutos e segundos, meigas gotículas entre todas as mangueiras espalhadas nas ruas de Belém.

     Tenho absoluta certeza, que não deixarás a chamada “Feliz Lusitânia”, a “Santa Maria do Grão Pará", "Imperial Cidade" ou Belém", pois, nem os marcos históricos da Cabanagem que frutificaram os raios de lutas, não dará autenticidade de um único ADEUS”.

     Celebérrimo Kolemar, não poderás deixar no escuro as naus que navegaram no ciclo da borracha entre versos, estrofes e sonetos.
Belém, é o teu caderno, a tua caneta e o teu pensar espalhado por todo o Brasil atualmente.

     Ah! Se eu pudesse, subiria no apogeu do Palácio Lauro Sodré somente para te glorificar, os encantos de um artista paraense entre as vastidões de todas as tuas obras, plantando os sonetos no piso de entrada do GRANDE PALÁCIO. Tenho certeza, que o abalizado arquiteto Antonio Giuseppe Landi ficaria muito feliz em ver patenteado entre os mármores, mosaicos e cerâmicas os teus belos sonettos do filho garrido – KOLEMAR RIOS.

     Ah! Se eu pudesse deixar a cidade do poeta maior Antonio Gonçalves Dias, a terra do Príncipe dos Prosadores Brasileiros - Coelho Neto, terra sertaneja – Princesa do Sertão Maranhense, - Caxias do Maranhão, navegaria até ao Grão Pará, mostrava-lhes o fato abstruso das vidas dos poetas caxienses que vivem no anonimato,  assim como afirmei no poema abaixo:

GALARDÃO DAS MARGENS DO ITAPECURU

SALVE! SALVE!

GALARDÃO DAS MARGENS DO ITAPECURU
NASCENTE ACADEMIA CAXIENSES DE LETRAS

Renasce em quinze de agosto,
A ilustrada Casa de Coelho Neto,
Despontando no singelo rosto,
Academia Caxiense de Letras.

Com todas as luzes inexcedíveis,
Triunfo dos homens das letras,
Estrelas das artes na cultura,
Vencedores dos percalços da vida.

Figuras literárias de maior evidência,
Das pétalas que guarnecem Caxias,
Guarnecendo o passado e o presente,
Na terra do poeta maior Gonçalves Dias.

Frutos perpetuados em cada acadêmico,
Homens contemporâneos da cidade,
Encabeçados na espada de seus patronos,
Momento augusto de suas imortalidades.

Acadêmicos! Letrados Caxienses!
- Filhos do Poeta Coelho Neto,
Poeta mais lido em todo o Brasil,
Príncipe dos Prosadores Brasileiros,
Hercules caxiense e da nação.

Assim dizia:

“Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!” (Ser Mãe)

Louvada seja a Academia Caxiense de Letras!
Uma das mais ricas Academias do Maranhão,
Destacando-se honoráveis filhos da terra,
Grandes caxienses da Princesa do Sertão.

Caxias, riqueza em letras literárias,
Esculpida n`alma de verdadeiros ateneu,
A cada avenida e rua nasce um poeta,
Fazendo lindos versos e escritos,
Porém, sem canais de divulgação.

As escolas são berços da educação,
Fazem ironia e ingratidão,
Sem dá espaço ao novo escritor,
Na arte literária nas escolas,
E o governo dá pouca à atenção.

Homens imortais desta Casa de Coelho Neto,
Não vos deixeis os novos poetas sem naus,
Vossa terra não será apenas um museu imaginário.

São centenas e centenas de poetas caxienses,
Que aspiram trilhar na riqueza literária,
São escritores de incontestáveis valores,
Que o tempo vai encurtando e embargando.

Sem divulgar seus nomes,
Reduzem drasticamente a arte de escrever,
Fazendo milhões de poetas fantasmas.

Ó galantes e sempiternos de Caxias!

És tu! Ó Academia Caxiense de Letras!
Responsável em acolher os poetas caxienses,
Na expansão livre e sem retalhaduras,
Dos imensos valores preciosos e inertes.

São os nossos poetas maranhenses,
Desconhecidos nos Estados Brasileiros,
Enterrados numa cova sem nomes,
Enfileirados num sonho impossível,
Que se desfaz na arte de escrever.

Sem destaques na Cultura Gonçalvina,
No Maranhão e por todo o Brasil,
São estes intelectuais abstrusos,
Que farão o cenário futurista,
Da amada terra dos cocais.

Ó gigantes das armaduras caxienses!
Das espadas que cultivam a erudição,
Vossos olhos são vossos espelhos,
Que perfazem os brilhos dos imortais,
Lemos pouco e nada discutimos,
Vai-se o tempo e somos esquecidos.

Os que publicam suas obras,
Pertencem a um número reduzido,
São pouquíssimos e raros os escritores,
Estudados metodicamente fora do Estado.

De quem é a culpa de tudo isso?
É de todos os maranhenses.

Não é necessário conhecer a Literatura Nacional,
Proclamando em voz alta os vultosos autores,
É preciso produzir e difundir os poetas,
Que vivem em nossas casas no anonimato.

Não vos esqueceis dos talentos da terra,
Caxias será sempre o torrão de poetas,
Onde nascem na abundância sem estrelato,
Assim como as palmeiras de babaçu,
Que surgem, reproduz e sem valor.

Que por falta de incentivos e interação,
Jamais cruzarão as fronteiras d`outros Estados.

Como poeta caxiense, eu vos peço!
Não vos deixeis no abstrato,
Os novos poetas de Caxias,
Filhos da terra de Gonçalves Dias,
Mestres das águas do Rio Itapecuru,
Epíteto ainda das Atenas Brasileira.

Caxias, rainha da diversidade cultural,
Laudável pela nobreza desta Academia,
Símbolo de toda a cultura maranhense,
Parabéns! Parabéns! Hoje é o teu dia.

Caxias (MA), 15 de Agosto de 2006


     http://www.shallkytton.com/visualizar.php?idt=240753


     Ah! Se eu pudesse, chegaria no “Mercado do Ver o Peso”, subiria nas armações de ferro, declamava em voz alta  “ PEGADAS DE FELICIDADE”,  fruto e presteza do teu soneto, logo, se estenderia no varejão a céu aberto, na mistura eternizada de várias cores, homens, mulheres, meninos e velhos, carnes penduradas nos ganchos, peixes, temperos, utilidades domésticas e frutas, e todos olhando a voz do poeta caxiense na defesa árdua do poeta Kolemar.

     Assim, eu seria o maior Cavaleiro Templário e do Templo de Salomão na defesa com armaduras, lendo os teus poemas e sonetos na imensidão de 26.500 metros quadrados (mercado)  para não deixar partir o meu grande poeta KOLEMAR RIOS.


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 13/05/2007
Reeditado em 25/09/2012
Código do texto: T485697
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