Ainda te amo, não sei explica o motivo da minha esperança de um final “felizes para sempre”.

Estava na rua quando gradativamente meu coração acelerava, minha respiração aos poucos ficava ofegante e repentinamente o meu corpo esfriava.

Com o básico em conhecimento pré-hospitalar logo começo a pensar em está sofrendo uma parada cardíaca, apoie-me em uma arvore, tentando controlar minha respiração (respiro pausadamente), endureço o rosto, seguro firme a agenda que estava em minha mão (como quem diz sou forte) e caminho com passos firmes e acabo não percebendo o aviso.

Alguém com um rosto conhecido passar em meu lado e como uma cena de filme romântico, ela olha “dentro” dos meus olhos e por apenas cinco segundos os nossos olhares cruzam-se e um passar pelo outro fingindo serem dois desconhecidos. Dei dois passos para frente, parei, voltei, mas ela já tinha indo deixando o seu perfume no ar.

Já no ônibus, ainda não acreditava, fisicamente abalado e vendo os olhares de preocupação dos estranhos tento disfarçar, porem não consigo duas lágrimas começam a escorrer em meu rosto, rapidamente pego uma pagina em branco da agenda e as lágrimas caem no papel.

Hoje todos que vem em casa acham estranho alguém ter um quadro com uma moldura estupidamente linda e no centro uma pagina de uma simples agenda, e ainda por cima duas manchas amareladas no meio da folha.

Quando alguém pergunta!

Respondo: - “sou louco”.

Eles sem entender nada mostram-me um sorriso.

Em mim, fica o sentimento de uma vida, que poucos segundos expressaram, naquela sexta-feira, dia 4, de julho.