Sem você nada sou

Grande e eterno amor meu, quantas vezes sonhei com teu retorno, quantas vezes chorei por tua ausência, quantas vezes....

Já não sei mais dizer o que em mim é falta de ti e o que é dor por tua distância, e eis que disseram-me que posso te ter novamente em meus braços, me deram esperança, e outra vez mais eu sonhei...

Entreguei, por já incontáveis vezes a minha vida nas mãos do amor menino, e hoje volto a fazê-lo, se bem que essa minha humilde vida sempre esteve nas mãos dele, sempre esteve dentro desse coração que nunca me amou, mas que ao menos me deu indiferença com ternura, com carinho, mas será que eu não mereço mais, será q não encontrarei mais se seguir o meu caminho sem olhar par trás?

Não posso mais responder a essa pergunta, pois minha alma outra vez mais se vê prisioneira, prisioneira de quem ela amou de mais, ao qual entregou a si mesma sem pensar em depois, sem pensar em reciprocidade, sem pensar, tão somente...

Minhas lamúrias são tantas, tão forte é minha dor, que chego a pensar em desistir de tudo, entregar os pontos ao amor, ir procurar este ser que já tem minha alma para fazer dele o meu corpo também, ir entregá-lo meu amor próprio, meu orgulho, o pouco, enfim, que ainda não dei...

Fere-me contudo a possibilidade de ele não querer o tudo que entrego em suas mãos e outra vez mais no nada da minha solidão me fazer cair, mas o amor é mesmo assim cheio de imprevistos, cobra alto preços por gotas d'água de antídotos contra o sofrimento.

Quem dera eu não o amasse, quem dera o amor fosse apenas outra ilusão de meu lado fada, quem dera existisse do amor apenas a palavra, sem nenhum significado, quem dera eu pudesse estar feliz tendo-o aqui a meu lado...

O beijo dele eu jamais esqueci, jamais achei em outros lábios sabor igual, outro abraço também não me protegeu como aquele, qual amarras prendendo ao cais...

Sem você, amor meu, sou mera sombra de algo que se quer aconteceu, sou pássaro que caiu do ninho, sou a lágrima da criança, sou a fúria das águas, sou a vida sem esperança, sou um corpo já sem alma, sou laço que se desfaz...

...sou navio sem cais....

Deise Caroline Nunes
Enviado por Deise Caroline Nunes em 17/05/2007
Código do texto: T490382
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