A carta que ela não leu

Eu te esperei todos os dias, as horas ficaram intermináveis, os minutos longos. Segundos quase a me sufocar. Sequei por diversas vezes uma lágrima que teimava em cair. Teve momento que não me contive... Chorei! No silêncio que foi tua ausência chamei-te em pensamento. Porém estavas tão envolta em tuas preocupações que mesmo ecoando no espaço meu chamado não se fez ouvir. Não me envergonho em dizer: chorei um pranto de desespero... Eu precisava de você, mas não estavas lá. Fui aos poucos aquietando o meu coração. Olhava fixamente para o vazio na ilusão de ver-te chegar e dizer que tua ausência não passou de um engano e que nossos sonhos iriam realizar-se. Indefinido foi o teu sentimento e mesmo assim eu acreditei num sentir, mas que agora percebi que só em meu peito fazia morada. Não vou sepultar-te jamais! Pois nas lembranças ao relembrar eu consigo todo dia renascer e viver o amor na forma ampla de amar. Coração é grato por tudo o que vivemos e por aquilo que não ousamos realizar. Pra você eu envio paz embora não creio que haja serenidade em teu pensar. Por onde andares lembre que aqui você teve amor... A você eu deixo o meu carinho... Pra um dia quando você acordar de suas ilusões possa calmamente amar... Na intensidade em que eu te amei ou bem mais...

Mdc santos
Enviado por Mdc santos em 19/08/2014
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