Carta ao amor...

Hoje escrevo ao amor, tenho tanto a falar a ele.

Primeiro quero agradecer toda a dor do meu passado, ela foi aprendizagem.

Quero dar a ele um sorriso por cada lágrima que por ele derramei.

Quero abraçar-lhe por cada não que ouvi daqueles aos quais o dediquei.

Amor, sou poeta apaixonado por ti, sou as palavras que te definem, sou os silêncios que te fazem mais belo.

Amor, sou tua escrava, tua defensora, tua guardiã, sou tua casa...

Amor dos amantes, amor dos apaixonados, amor dos que sustentam obsessões, amor dos falantes, amor dos calados, amor dos que muito tem e nada dão, amor dos que não tem nada e dão tudo...

Amor, amor, amor por tudo. Amor que mata e que morrre, amor que foge e que corre ao encontro, amor, tão somente amor, em cada esquina, em cada porto...

Tanto tempo já passou desde que me apresentaram a ti, muitas coisas já vivemos juntos, muitas outras separados, nós deixamos de viver. Entre nós houve cumplicidade, houve carinho, houve saudade nas pequenas distâncias, houve paixão, houve ódio reafirmando a grandeza do sentimento que nos une, ó amor de multidões mas que melhor se reconhece dois a dois, ó amor de barulho, mas que melhor se encontra no silêncio, ó amor de loucuras, mas que mais dura na calmaria, ó amor de posse, mas que mais firme fica na entrega.

Hoje escrevo a ti amor, mas creio que nem precisase escrever, pq te tenho tão perto, se eu sussurar sei que me ouvirás, mas prefiro escrever, porque sou poeta e bem melhor é eternizar as palavras em papel que jogá-las ao vento.

Ah! amor, entra, entra mesmo, rompe as barreiras, cura as feridas, muda a minha vida..

Ah! amor, sem ti nada sou, e como constantemente estás comigo, sou muito, sou tudo, sou também amor...