Desculpe se ainda insisto em lhe querer, sei que já foi acordado entre nós um fim, mas que culpa tenho se foi tão forte que meu coração se nega a esquecê-lo?
       Os finais de semana pareciam mágicos diante de tanta beleza que os seus olhos irradiavam e iluminavam a minha vida. Corríamos feito crianças pelos parques floridos, atrás das borboletas, ou simplesmente fitando à noite o luar. As palavras eram, muitas vezes, desnecessárias, porque nos bastávamos em olhares, toques e ações. Todavia, como foi aprendido biblicamente: tudo tem seu fim.
        Não sinto mais aquele arrepio gostoso no toque de outras mãos, parece um desafio diário escaldando a memória. Sei que me comprometi a esquecê-lo, todos os seus pertences foram retirados de minhas relíquias, mas só fisicamente, porque cá dentro você mora, dentro de minha alma e do meu coração.
        Volte, eu o espero um dia...
     
Elaine Poeta
Enviado por Elaine Poeta em 08/11/2014
Reeditado em 08/11/2014
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