Cartas de Amor III

Como estás meu anjinho imaculado?

O Sol por aqui continua radioso sim, minha doce e afável Florbela, és tal como ele a razão do meu viver, e a fonte da única pouca alegria que consigo ainda ter e desfrutar.

Mas o Sol não brilha nem nunca brilhará tanto como você meu amor. A Florbela é e será sempre a única que me conseguirá aquecer o coração, que antes de si deambulava triste e desamparado sem destino nem rumo quaisquer.

Como é bom saber para mim que você está bem Florbela, e com seus afazeres na escrita poética correndo tão bem assim. Fico tão feliz com isso, que nem imaginas meu amor.

E ver-te contente e alegre é tão contagiante e enternecedor, que sempre fico um pouco mais satisfeito também, é o melhor e mais belo presente que podia almejar jamais.

Sentir apenas o seu sorriso bonito faz-me ficar sempre tão mais positivo e sereno, como que navegando num mar de tranquilidade com uma ilha paradisíaca sempre no horizonte.

Eu às vezes até fico a achar que não mereço tal mágica companhia a sua, de tão honrosa e de alto gabarito mesmo que é.

E até é pecado meu, mas tenho tantas vaidades suas e em si, que às vezes, só me apetecia ir pro metropolitano na hora de ponta gritar, enaltecendo sua beleza com um póster gigante teu de maneira a compartilhar sua beldade de figura e alma a todo o mundo.

Vou-me deitar minha doce Florbela, está muito tarde por aqui, espero que eu tenha bons sonhos esta noite, sonhando consigo de preferência se for possível, pois seriam de certeza muito agradáveis e presenteiros.

Nós os dois unidos num abraço sem fim, deitados num leito de flores perfumadas, onde os nossos loucos e ardentes beijos manter-nos-iam eternamente gratos pelo nosso encontro mítico, que encheu de inveja todas as deusas do amor do Olimpo. Porque nos amamos tanto meu amor?

Ai o que eu faria pra enaltecer sua beleza como realmente Tu mereces, meu grande Amor, o único, o maior da minha vida.

Eu roubaria todas as peças de arte para não ousarem sequer fazer-te patética concorrência. Ultrajante poder alguém adorar mais qualquer coisa que não sejas só Tu minha querida. Nem a Eva feita divinalmente se te compara à tua imagem e corpo belos tão harmoniosamente perfeitos.

A palavra beleza foi criada e nasceu por tua causa, tal como a palavra bondade. Elas foram criadas para te glorificarem e honrarem o teu carinho e afecto que deixas onde quer que passes serenamente minha doce e tão dócil Florbela.

Do exclusivamente teu amante que te ama tanto e só te quer bem…

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 18/11/2014
Código do texto: T5040094
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