Que venha 2015!

Fim de ano. Aquele momento que paro, concentro-me e tento ouvir o que as vozes querem falar. Não as vozes alheias, mas sim, o que as minhas próprias vozes querem me dizer?

“Novos planos”, “corrigi erros” e “o futuro, como vai ser?”. Não, as vozes não dizem isso. Essas palavras são de todos os dias.

As minhas vozes estão refletindo em um pedido de desculpa, em um inesperado pedido de desculpa! Não pelos erros; pelas coisas que não fiz, mas tive vontade; não pelos planos que não saíram do pensamento e nem pela última conversa, que dei uma de pessoa altamente educada quando poderia ter falado o que realmente queria. Não! Eu não me alto desculpei por motivos tão relevantes.

As vozes diziam que esse ano (2014) eu não vivi, que só passei por ele.

“Trabalho, escola, cursinho, livros, leituras obrigatórias, conteúdo programático, Enem, Uepa, sonhos, igreja, história, redação”. “Isso não é viver!”. “Vive é: cantar, dançar, sorrir, chorar e amar”. Elas falavam.

Como a contradição é um dos atos mais belo da natureza humana. O meu pedido de desculpa! E eu faria tudo de novo, por quê? Porque no fundo a única certeza que tenho é que vivi.

Sim! Vivi: cantei, dancei, sorrir, chorei e amei. Do meu jeito, o jeito que acho certo é assim que sou feliz.

Que venha 2015! A história tem um só final, os personagens são por conta de Deus.