Ao meu amor

Oi meu amor,

Hoje incansável tristeza se abateu sobre meu corpo, deixando-me mergulhada em angústia profunda, tornando minhas horas lentas. Vejo tudo passando de forma vagorosa, tudo parece conspirar contra a chegada do nosso reencontro. Nesse instante sinto uma lágrima que passeia em minha face como que na tentativa de lavar e levar de mim esse abatimento.

As lembranças hoje me assaltam com mais precisão. Consigo reproduzir seu rosto em minha mente com toda a perfeição que lhe é peculiar, até seu cheiro me envolve nesse momento, sinto suas mãos, seus sussurros, seus carinhos, seu sorriso de menino, sua doce mania de franzir a testa quando algo lhe preocupa, ou até coçar a cabeça quando tem alguma dúvida. É incrível, mas você vive nesse momento dentro de mim.

Aqui nessa janela, olhando a manhã que brota tão linda, olhando as flores molhadas pelo orvalho, ouvindo os pássaros que cantarolam na tentativa de me alegrar; aqui, sozinha e triste eu busco cada vez mais você em tudo, no meu corpo, nas suas cartas, nas nossas fotos. Sinto-o forte dentro de mim. Eu sei que você me ama tanto quanto eu lhe amo e sei que nosso amor sobreviverá a tudo, pois nasceu para ser eterno, eterno e infinito como o universo, iluminado como as estrelas, puro e sublime como é o verdadeiro amor.

A saudade vai me fazendo companhia enquanto você não volta. E eu vou fazendo de nossas lembranças a minha vida, sempre na expectativa do nosso reencontro.

Amo você.

Cinthya Danielle dos Reis Leal
Enviado por Cinthya Danielle dos Reis Leal em 24/02/2005
Reeditado em 27/04/2005
Código do texto: T5088