CARTA QUE NÃO TE ENTREGUEI
achei que a luz não pegaria em meu rosto nessa manhã fria e triste...
e eu escrevo as poucas coisas que sei
ah você nem imagina o quanto eu suspiro só estando assim, a alguns centímetros do seu coração
queria escutá-lo bater (acelerado se assim for)
[...]
talvez seja diferente como da última vez, quem sabe melhor
eu apenas perco o fôlego, perco os sentidos, perco as palavras...
fiz de desentendido apenas para ver se te esquecia... impossível.
você está por toda parte e eu me parto em pedaços.
cartas que escrevi... nelas estão todos os registros de dias em que era doce, e continua sendo, ver você assim tão perto e tão quente... seus olhos acolhem e me protegem.
[...]
escrevo tão rápido que nem sei o que escrevo e por fim acabo confessando que estou amando,
é difícil tomar as rédeas da situação em dias que o céu parece tão claro, mas vem a tempestade para escurecer
ah se eu pudesse, te diria de uma vez por todas o que meu coração guarda tão inseguro,
são seus olhos, sorriso, trejeito e aquele seu perfume que pude sentir estando tão perto
[...]
não me deixe ser seu amigo... tenho problema em ter essa responsabilidade...
não quero te ver sorrir sabendo que não é para mim, e beijar sabendo que não sou eu a sentir os teus lábios.
faz as noites parecerem tão frias e escuras...
[...]
pode ser o último inverno... ou um dos muitos que virão
só me deixe saber se existe uma possibilidade...