O comentário de Nélida

Recebi da Nélida, engenheira florestal, este comentário sobre minha crônica “A canoa furada” (postada aqui no Recanto dia 3 de julho de 2006).

“Você falando de chão de cimento vermelhão...eu me lembro que nossa

primeira casa, alugada, era assim...brilhava que só vendo! Mãe, quando queria me castigar, me colocava para passar o "escovão", de não sei quantos quilos, e palha de aço para brilhar, uma vez que não tínhamos

enceradeira elétrica. Aí, anos depois, compramos aquele imóvel que era o antigo clube social de Luz. Meu pai fez umas reformas "temporárias" no fundo que era a parte do clube que tinham as sinucas e se

transformou em nossa casa - temporária - só fazem uns 20 anos! Não vou me esquecer disto: o telhado, da parte de trás de nossa casa, estava muito velho e pai resolveu trocar a telha francesa por telha de amianto. Eu morria de vergonha - mas fazer o que - era a nossa casa própria. Bem, um dia, tinha eu uns 13 anos de idade, choveu muito, daquelas chuvas de pedra de gelo que acontecem em Luz, de vez em quando. Do telhado "pobresório", que ainda não tínhamos trocado, depois de dois anos já morando lá, voaram muitas telhas e nossos trecos ficaram debaixo de chuva. Eu chorava que doía...”

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 07/06/2007
Reeditado em 07/06/2007
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