MEDO...

Estou escrevendo, porém, leitor amigo, não é apenas uma carta; trata-se aqui de um desabafo.

O mundo gira em diferentes velocidades e cada homem o acompanha como pode.

Estou tentando...juro que estou. Não, não consigo acompanhar seu pensamento. A retórica com que ecoa suas palavras pela canalização do vento, e as vezes de algum obscuro sentimento, me atordoam.

Estou abalado, traído por meu próprio coração. Já nem sei mais o que sinto, já nem sei mais o que penso.

Não disse...um desabafo apenas.

Não posso aqui expressar, nem tão pouco filosofar sobre a causa que me sustenta momentaneamente.

Queria que tudo fosse tão simples quanto é a biologia do ser irracional. Queria poder acordar, me atarefar, me cansar e dormir. Mas que dorga, eu penso...não vou aqui filosofar Descartes. Eu penso e repenso, e não chego a conclusão alguma, pois do outro lado da rua, existe alguém, que não revela o seu rosto, que baila com muito gosto e dança um leve luar; e me faz chorar.

É um ser intrigante, que foge do medo que sinto, e talvez só por isso é que minto; as vezes...para este ser agradar!

Queira Deus que algum dia, tal ser se transforme em brisa, e venha pras bandas de cá. Quem sabe, meu traço guerreiro, corte o enlace arredio, e fira essa brisa no cio, para ao meu lado ficar.

Um desabafo - Do Guardião!!!

O Guardião
Enviado por O Guardião em 11/06/2007
Reeditado em 12/06/2007
Código do texto: T522650