Enfim... As Palavras...

Foi exatamente assim que comecei, escrevendo um texto intitulado Palavras.

Confesso que com muita insegurança eu o escrevi e tentei de alguma forma passar o que eu sentia naquele momento e daí pra frente brincar com letrinhas tornou-se quase um vício.

Tenho lido e escrito muita coisa que para mim no fim das contas não faz sentido, mas tenho certeza de que quem escreveu assim como eu, naquele momento achava fazer...

A vida nos oferece vários caminhos e sempre temos que escolher um em detrimento do outro, eu pessoalmente sempre estive muito feliz no caminho que escolhi e quero acreditar que tenha proporcionado momentos felizes aos que comigo trilharam esse caminho.

Sei que algumas vezes escorreguei e caí, mas sempre contei com mãos amigas para me levantarem e algumas vezes também encontrei mãos que me empurravam rumo ao despenhadeiro, mas em momento algum reclamei, objetei ou argumentei... Seguia o meu caminhar... Não tenho o costume de julgar, para mim todos são bons em essência e não sou eu que vou tentar separar o joio do trigo, além do que todos invariavelmente merecem serem ouvidos e ter uma segunda chance para provar que a falha foi apenas em um caso isolado.

Não sou vitima ou se sou é da minha própria consciência e de mais ninguém. Sou eu que determino os meus atos, por vezes impensados, mas jamais premeditados... Isso eu posso garantir, só que as minhas palavras perderam o valor, ficaram desacreditadas diante de uma situação que não compactuei, mas também não fiz nada para reverter, achei que seria colocar mais lenha na fogueira e não gosto de incêndios, meu papel aqui sempre foi o de extinguir e não o de provocar.

As pessoas divergem de pensamentos tanto no virtual como no real, mas no virtual parece muito mais complicado de consertar, as letrinhas não exprimem com suficiente clareza e emoção o que nos vai pelo coração.

Um dia eu acreditei que existiam aqui amizades inabaláveis que nada poderia corromper já que eu achava a fundo conhecer o ser...Mais uma vez me enganei e despenquei das nuvens, vi que algumas amizades são por puro interesse, escambo, se você não tem o que dar de material deixa de ser amigo em potencial... E foi assim que tive que me desviar do caminho traçado e pegar um desvio que acaba por não me levar a lugar algum.

Bem, enfim o adeus que me mostrou exatamente a importância de minha escolha, minha, só minha, sem nenhuma indução, pois não sou tão inocente a ponto de não perceber quando há manipulação.

Eu esperava mais, esperava compreensão, solidariedade a tão afamada amizade... Mas se nada disso recebi, por certo fiz por merecer, então não digo adeus, pois é muito definitivo e sabemos que nada na vida é assim tão categórico; digo até já, talvez ainda venhamos a nos encontrar nas esquinas da vida, e nesse dia não vou negar o meu carinho de sempre e se por acaso você não aceitar, vai provar que o que prega é só teoria... Quem sabe... Até um dia...