Até mais

Não queria me despedir assim. Não de você, meu bem. Não queria nem dizer-te tchau, sinceramente. No ultimo dos casos, com dor no peito, até logo. É uma jornada longa, de todos jeitos, e com apesares e qualquer intromissão, temos a nossa maneira. Nossa maneira de lidar com essa caminhada que, com tantos pedregulhos, viemos de mãos dadas. Às vezes as mãos quase se soltaram, por um fio não, e em todas as vezes prendemos os dedos de forma a acreditar que tropeçaríamos sim, muitas vezes, mas em nenhuma soltaríamos a mão. Te puxaram. Me puxaram. Te puxei. Você me puxou. Queria te até mais dizer, com a promessa de mesmo que, por acaso, nos soltemos, minha mão lhe procurará. E mesmo com nosso caminho incerto, hoje sei que o tempo pode passar e ainda assim teremos nossa trilha marcada no chão. Me desculpe pelas dificuldades e por toda minha afobação, toda minha intenção foi te manter do meu lado, te desculpo pelo que te fez deslizar e então me fez ensurdecer, te envio essas palavras com o unico pedido de não me esquecer. Por ter certeza que nos encontraremos passos a frente e também por acreditar que se juntarão finalmente. Sei que pensas hoje o pior de mim, por pensar que soltei tua mão, e então venho te lembrar que não segurarei outra tão forte como segurei a sua naquele 4 de dezembro. Não olharei ninguém com o amor que te olhei encostada naquela árvore, deitada no meu colo ou encostada naquele muro. Você tem o melhor e o pior de mim, e meus dois lados te procuram em cada e qualquer situação. Queria apenas que nossas palavras, por ora, fossem de afeto, pra lembrarmos enquanto não acordamos lado a lado. Sinto muito por ainda não ser a hora, mas te prometo que o momento vai chegar e seremos felizes o suficiente pra compensar essa dor que nos causamos. Eu te amo, sei que você é meu ponto final, assim como também foi minha folha em branco, e minha primeira frase. Virgulas nos separam, mas somos uma palavra seguida da outra. Até mais.