Manter a tradição é a base da evolução.

Sexta feira é uma dia especial em todos os terreiros de Candomblé, dia do grande Baba Ory e encontro com o Sacerdote, Irmãos, Filhos, Netos, Ekedes, Ogans, Iyas, Ebomes e até mesmo os abians, dia de trocar idéias, passar informações, bater a cabeça e se possível dormir no Axé, conectado com o seu Orixá, acordando no Sábado, dia consagrado a nossa grande Iya Ori, aquela que nos acolheu no ritual de Bori, adentrar os espaços mais sagrado, que são as casas dos Orixás e pedir a benção à todos eles, pedindo proteção a todos da família consanguínea, espiritual e os demais irmãos do planeta terra. Com este pequeno e grande gesto semanal, nos livramos dos infortúnios, dos conflitos, das mazelas, da possibilidade de desviar do bom caminho para as urgias, drogas e outros tipos de violências encontrados nas baladas de final de semana, que os nossos governantes não são capazes de combate-las. Mesmo sabendo que as despesas cada dia aumentam mais num terreiro, mas nossos Babas e Iyas devem manter os costumes no sentido de beneficiar o Povo de Santo, evitando assim o enfraquecimento do grupo e até mesmo uma possível perda de entes queridos. Dagò lu nà ke wa Saworo (Dê-nos licença para tocar o Saworo para que nos acuda). Dagò Olelé (Pedimos licença humildemente, senhor da terra.). Dagò lu nà ke wa Saworo (Dê-nos licença para tocar o Saworo para que nos acuda). Dagò Olelé (Pedimos licença humildemente, senhor da terra.). Que o dono da terra conceda sempre um espaço maior em todos os terreiros para acolher de forma irrestrita todo nosso Povo de Santo.