TRANSMUTAÇÃO
Houve uma época em que eu era “boazinha” e suportava qualquer pessoa impertinente que atravessasse o meu caminho. E por eu demonstrar excessiva paciência, claro que a "impertinência" se aproveitava de mim, usando meus ouvidos e muito do meu tempo. Aquele que é impertinente não se preocupa com certos detalhes, não tem interesse em saber se é ouvido com interesse, ou por educação. Não se preocupa se quem o ouve tem outros afazeres, ou se veio ao mundo somente para suportar suas apoquentações. 
A vantagem do auto conhecimento é que se vai deixando de ser tão tolerante com as inépcias alheias. Pelo menos este é o meu caso.
Eu somente quero perto de mim, aqueles que me acrescentem algo admirável. Aquelas pessoas que pensam que podem dizer tudo o que querem, sem colocar limites em suas línguas ferinas; aquelas que demonstram que seus assuntos preferidos são as vidas alheias, delas eu me distancio. Se eu sentisse interesse em saber de "mundinhos" e de coisas insipientes e absurdas, eu optaria por assistir novelas, pela vantagem de não me tornar assunto de pessoas inoportunas.
Os constantes azucrinantes que faziam, de certa maneira, parte da minha paciência, se surpreendem com a minha mudança.
Quanto mais eu gosto de minha companhia, mais seletiva eu vou me tornando.
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 11/08/2015
Reeditado em 12/08/2015
Código do texto: T5342787
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