SUA INDIFERENÇA

De repente você veio e fez desperto em mim o desejo que jazia inerte, descrente, incapaz de se entregar. E, como sempre, eu fui com tudo, porque eu não sei ser pela metade, eu sou inteira, eu vivo o que há pra viver, sem nenhum cálculo.

Mas isso tem me custado muito. Sou incompreendida. Ninguém mais no mundo age como eu. E isso me veio como uma pancada quando me mandou ter calma. Desde quando é preciso ter calma para amar? Ou talvez não estivéssemos falando de amor! Sim, é isso!

Restou provado que o nosso encontro não significou pra você o mesmo que pra mim, mas eu, tonta, iludida, fiquei à espera da “próxima vez”, como você me havia proposto. Eu fiquei à espera do que me prometeu, justificando as faltas do primeiro encontro. E “da próxima vez...”

E pra piorar meu ânimo, você me diz que eu sou muito bacana. Isso eu sei, na verdade sempre fui. Mas também sei que ser “muito bacana” não basta para alcançar o coração de um homem. É preciso muito mais. Resolvi aceitar seu elogio, não como uma esperança, mas como o fim.

Após a provocação, e satisfeito o seu desejo, sua indiferença levou o meu de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído (não por você).

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 18/08/2015
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