À quem nunca fui!

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Sinto saudades...

... saudades de quem eu nunca fui. Muito mais por não querer ser, do que por realmente não poder. Guardo em mim a idéia de que tudo nesse mundo são escolhas minhas. O que eu fiz e, principalmente, o que eu não fiz!

Me deixo ser duas no meu mundo. Gosto do imaginário. Aceito o meu real. Convivo com ambos: uma forma de sobreviver aos desafios que inundam meus dias. Nem sempre com desfechos felizes... ou ao menos satisfatórios.

A delicadeza... a fragilidade... quiçá todo um romantismo que eu não me permito!

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Há um tempo atrás eu ainda sofria por caminhos que tomei. Hoje eu os rememoro... e eu o faço com um sorriso no rosto. Finalmente consegui chegar no abstrato da vida onde os meus erros não mais me atormentam, apenas me impulsionam!

Eu sei que quem eu poderia ser... não é melhor do que quem eu sou! O sofrimento me fez resiliente. Um coração que sangra me fez enxergar inúmeras possibilidades de recomeço - um a cada amanhecer - !

Sou grata a todos os meus sonhos não realizados - a todos os novos sonhos que a vida me trouxe. O novo coração que Deus me proporcionou!

Num emaranhado de acontecimentos (nem sempre bons, nem sempre ruins) eu me moldei! Gosto de aceitar o que eu tenho. Gosto de buscar o que eu sei ser possível. Gosto da vida como ela é!

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E todos os dias, a cada amanhecer... eu tento colorir o passar das horas. Se não posso, contento-me em aceitar que também gosto das cores sóbrias - sem elas minha aquarela nunca seria completa.

Gosto das cores da gratidão! Agradeço à quem nunca fui.

Simplesmente: obrigada!