Amor sentido, não sofrido.

De um tempo pra cá andei pensando muito em nós e, cheguei a conclusão que você não é merecedora do amor que guardo aqui dentro.

Me fez de pano de chão enquanto eu fazia tudo pra te ver sorrindo. Tão imatura que não reconhecia. Foram tantas humilhações que me fizestes passar, mas fui forte em aceita-las e fingir que não aconteceu nada demais. Mas, sabe porque? Porque eu te amava. É isso mesmo. Eu te amava, do verbo passado. Hoje dei conta que não vale a pena continuar empurrando nossa relação com a barriga, se o coração pede para que eu venha pôr um fim. Oportunidades não faltaram. Foi uma, foi duas, foram várias. Perdi até as contas. Você sempre, após aquelas nossas brigas constantes, me prometia que mudaria, e a ilusão me deixava cego ao ponto de achar que você iria cumprir todas aquelas promessas. Mas não, você não foi capaz, e agora só te deixo as lembranças do que tivemos juntos, e reflita no quanto me fez sofrer. Pra você pode parecer que foram coisas mínimas, porém, só eu sei o quão era ruim te ver de um jeito totalmente oposto do que minha mente pensava, e por mais que eu quisesse que você mudasse, era em vão, pois para isso precisaria do seu esforço. Confesso que pra chegar até aqui, a esse ponto, não foi fácil, foi noites de pensamentos resumidos na gente, e me despeço de consciência limpa, de que o meu papel de fiel foi cumprido. E agora eu lhe deixo livre, solta, como uma folha ao vento, desimpedida de muitas coisas, inclusive de viver a vida sem me dá explicações. E lhe digo mais, amor verdadeiro não é implorado, não é insistente, muito menos nos sufoca, apenas é sentido.

Daniel Araújo
Enviado por Daniel Araújo em 08/10/2015
Reeditado em 09/10/2015
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