Amor de Prata
Tudo que vejo são lembranças desgastadas pelo tempo tomando forma de um ser inexistente
O que senti em uma fração de segundo voltou como um milésimo em outro tempo
Como uma bala atravessada em meu cangote é o sussurro assustado em meu ouvido
Como um espectro você aparece em minha frente e em um estalo é minha realidade
Seus olhos observam o céu e roubam o brilho da lua
Seu sorriso traz a pureza de uma geração perdida
Então traga o violão
Deixe fluir o som de seu coração
A prata que carrego enforca minha alma arrancando lágrimas que banhariam um deserto
Nossos mundos são pequenos e distantes, mas te carrego em minha prata, em minha memória e em meu coração.