Eu...você...e o agora...

Agora te escrevo a última carta do ano. Uma à mais entre mar adentro, fluindo mil sonhos, pedaços de sentimentos em estilhaços.

As cores permanecem apenas neutras, por causa das sombras e da solidão. Em instante algum foram esquecidas. Traduzem poesia e toda energia que habita na sintonia que ainda baila no ar.

Pensamentos que aquecem a alma ao recordar seu nome. Um anjo do Senhor.

Presente dos céus para a minha vida, até então inesquecível estadia necessária ao “ser”.

Não esqueci os caminhos dos ciclos; são contemplados em revelação à cada desafio dos sinais.

O sorriso, a voz, continuam intactos.

Simplesmente se eternizou e nada mudou no movimento da sinfonia das dimensões que guardam a sua lembrança.

É do simples toque da sua presença silenciosa, dos gestos invisíveis, das atitudes imaginárias, que me permito enxergar cada detalhe dos teus verdes campos.

Tuas águas profundas onde me banhei de sabedoria e do calor do teu abraço depois do naufrágio impreciso e só definido depois do adeus.

Maravilhoso sonhar com você e estar atenta à cada aconchego do teu olhar que me alcança onde quer que eu esteja.

Deixo o meu coração aberto para o perdão que flui possibilidades estendidas à todos os sentidos do eu.

Não deixe as máscaras tomarem lugar da inconstância. Seja aberto e constante para ter de volta o seu diamante.

Porque, não adianta fugir das causas comuns que te conduzem à felicidade. Tudo é eterno e veio para ficar. O espaço do coração não é passageiro.

A paixão não é fugaz.

Fico agradecida e feliz pelos desejos que anseia a linguagem preciosa do amor. Um território nobre, que só pisa quem conhece o mapa. Um passo-a-passo básico e sistemático.

Deixo minha saudade e minha ternura como ponte de encontro.

Sempre voltarei à origem.

Beijos.

Cemma
Enviado por Cemma em 07/12/2015
Código do texto: T5472326
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