olhe o que sobrou!
Olhe para mim
Veja o que sobrou
Daquela obra prima
Que um dia tu aprovaste
Aquela criança linda
Que da vida nada sabia
Que foi enredada pelo tempo
Envolvida pelo vento
E veja o que sobrou
Olhe para mim
Se tiveres coragem
Critique as bobagens
Feitas na inocência
Caminhos sem volta
Fora da decência
Olhe para mim
Veja o que sobrou
Um corpo velho e cansado
Um espirito estrupidado
Que neste mundo se ferrou
Olhe para mim
E tente entender
A razão de minhas tristezas
Da dor da pobreza
Do meu espirito fraco
Dos caminhos tortuosos
Que me trouxeram ate aqui
Olhe para mim
E veja o que sobrou!
Um Poeta triste
Vivendo em desamor!