Era um garoto, que como eu.

Mano, a singeleza dessas músicas da nossa juventude me assusta, perante o que vemos hoje de apelos explícitos, grosseiros e chulos.

A simplicidade, a despretensão, a ingenuidade e o romantismo andavam juntos, confundindo e misturando as nossas mentes entre a realidade e o sonho. Chegávamos aos limites entre a fantasia e o que era real.

E hoje vejo algumas delas se tornarem "cult", em interpretações de novos cantores e cantoras. Vide exemplo da "Nossa Canção", com Vanessa da Mata.

Agora neste exato momento, ouvindo Fevers, "Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles...", voltei quase 50 anos no tempo. Em seguida, me lembrei de uma cena de uns 20 anos atrás, com o meu filho Pedrinho tocando essa música no violão. Comecei a cantar com ele, que se surpreendeu: "Pai, você sabe essa música? Filho, essa música tem mais de 30 anos e foi um ícone da nossa geração. Nós vivíamos essa música"...

Muito bom isso!

Maneco Diniz