Carta aberta para quem (me) partiu.

24/03

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Tenho (re)descoberto minhas paixões. Uma delas, sou eu mesma. Desde a sua partida abrupta, tenho ficado boa parte do meu tempo sozinha. O incrível mesmo, é que faz um tempinho, mesmo antes do corte dos nossos laços que tenho experimentado a ausência de companhia das outras pessoas. Só que agora é diferente, não tenho agonias. Não existem sentimentos que tomem conta da minha solidão ou pensamentos vorazes que me tirem a paz. Sinceramente, você roubava a paz. Assumo minha culpa: as pessoas só chegam, até onde permitimos, mesmo que sem querer.

Pude (re) descobrir minha paixão pelos livros, conhecimento e arte. Sim, minha existência só vale, se estiver composta por isso. Em alguma parte do percurso minha existência diminuiu. Eu me sinto bem, feliz e plena. Principalmente, plena. Você foi embora e levou coisas ruins que pertenciam somente a você. Agora estou em mim, novamente. Sem influência da sua insegurança, covardia e rispidez.

Tudo isso, de certa forma me atingia. Me feria e muito, mesmo eu sendo essa louca que todos conhecem. Hoje, sem nada disso, sou eu novamente: cheia de paz, calmaria, amor e ousadia duas vezes maior. Você viu de tudo que sou capaz e hoje, sou ainda mais.

Victoria Mamede
Enviado por Victoria Mamede em 28/03/2016
Reeditado em 28/03/2016
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