Uma simples despedida; um inestimado reencontro.
Éramos simples versos soltos na poesia da vida. Éramos apenas espaços vazios desconexos no tempo. Mas éramos especiais. Pelo menos um para o outro. Como se nunca pudesse demonstrar a infinitude da admiração à seus atos. Mas hoje isso de nada adianta.
Há dúzias de bilhetes grafados à pena no fundo da minha gaveta. Sim, uma pena, simplesmente não significar mais nada à sua lembrança. A sequência de passos adiante foram interrompidos pelo sussurrar do vento. O mesmo vento que me apaga suas lembranças. Sim, o mesmo vento que apaga a chama de sua vida.
Há vazios incompreendidos no fundo do meu melancólico coração, o mesmo coração que antes fora preenchido pela sua alegria serena e gentil. Mas hoje não há mais motivos para permanecer longe de ti. O último palpitar de teu coração que me deixastes há dias foi triste o suficiente para deixar-me na mais profunda solidão. Não será mais assim.
Mas no mesmo momento em que sinto a brisa leve do triste inverno batendo no meu rosto, há lembranças dos invernos passados ao seu lado.
Mas nada disso me adianta mais. Sobre o epitáfio de suas lembranças, permaneço apático e insensível às mudanças de estação, buscando motivos para não estar junto a ti.
Eu não os encontrei.
E não suporto mais o tempo longe de ti.
Deixe me ir até aí.
Estou indo te buscar.
Até breve...