Carta para os poetas

Boa noite, não é só eu que escreve madrugada, que toma bastante café, que as vezes chora escutando Liniker ou Djavan.

Sebe aqueles dias? sim, aqueles que você precisa se encontrar, talvez orar, beber, sair, ir pra outro lugar, ate mesmo para o fundo do mar, só para se encontrar.

Nem todo dia eu escrevo sobre as flores, outros eu escrevo sobre as estrelas, aquelas do céu e do mar, sozinhas ou não, eu escrevo, mas esses dia não, nem flores e estrelas, nem nada, apenas sozinha, sem direção, falta de contração, perdida cá estou eu, nos dias que preciso me encontrar, encontrar minha terra, meu Afuá, me molhar naquelas águas escuras, deixar que o sol daquela Veneza seque minhas lágrimas, que a inspiração volte, que o batuque bata em meu peito, que os pés batem no chão, sujos de barro, que eu não solte a minha saia vermelha, que eu dance o que tenha dançar, lá e vou me encontrar.

Sou uma poetisa jovem, não faço os melhores versos, nem as melhores rimas, ainda tenho meus erros de português, não conheço toda a literatura brasileira, mas há algo ou alguém dentro de mim que faz meus dedos ligeiramente escrever e minha mente voar. Agradeço por esse dom, as vezes é naturalmente que encontramos poesias me qualquer lugar, tempo, estação, em tudo, assim eu enxergo, não sei se é só eu, as vezes eu desabafo escrevendo e chorando ao mesmo tempo, dou-me conselhos, quando a "coisa" tá ruim, eu tenho meus amigos, são muitos, são verdadeiros, tenha amigos que entenda sua esquizofrenia poética, seu jeito louco de ser, que os sues amigos(pelo menos um deles) saibam o endereço ou nome da pessoa que ti fez escrever poesias de amor, seja ele correspondido ou não, que eles sejam suas risadas e sues choros.

Bom, já está tarde, eu vou me encontrar e voltar.

obrigada por ler tudo, desculpa qualquer coisa, é ruim escrever com as lágrimas caindo.

Um grande abraço, nunca deixe de escrever, o mundo precisa de suas poesias, o mundo precisa de flores.