Aos pessimistas

As linhas a seguir diferem em tudo do que já escrevi por aqui...

Escrevo estes termos curtos, breves e simples em homenagem a você que acreditou em mim. E para isso contarei a história de quem duvidou e ainda não se deu por vencido perante a certeza da derrota, aos que não aceitam a felicidade ou que vivem de forma fria no mar da solidão sem sentir o que eu sinto. Fui ao fim de tudo recentemente, me afoguei no ódio, na mágoa, na desilusão e na discórdia. Errei de forma esplendorosa, errei com uma competência invejável, insólita e imoral. Nunca neguei isso, nem negarei a quem me perguntar, e faço isso para que minha memória me policie constantemente, para que eu não recorra à essa forma vil de apaziguar ânimos; para que eu nunca mais brinque com sentimentos.

Muitos hoje me desejam sorte, dizem que não estou sendo justo comigo mesmo, que deveria esperar mais, que o que fiz esteve dentro da fronteira da eqüidade e que eu deveria me confortar com um sentimento de quitação. Agradeço, mas não levarei em consideração. E isso se dá pelo simples fato da importância que algumas pessoas têm na minha vida, e da certeza da transitória amizade que outros têm por mim ou minha condição atual. Os primeiros citados sabem que eu preciso me dar mais uma chance, que eu posso tentar sem medo; os outros acham que errar uma vez é o fim e que o sonho que eu tinha foi maculado para sempre.

Para ser breve, quem acreditou um dia, continua acreditando até agora. Quem achava lindo e via tudo como um castelo de cartas, muito obrigado, agradeço de coração, mas não preciso de vocês no momento.

Natal
Enviado por Natal em 14/07/2007
Reeditado em 14/07/2007
Código do texto: T564988
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