Um velho obrigado
As luzes se apagam
E seu rosto
É iluminado pela imaginação
Seus olhos me olham mas não me vêem
Seu jeito já não é não
Com venda na boca eu te beijo
Agulhas a picar minha mão
No canto escuro do seu peito
Que é onde cabe meu perdão
A batida quase rasga a pele
O coração quer sair
Talvez para longe do negro
Lugar onde você não pode ir
São inconstantes as freqüências
Quando vejo estou noutra estação
Mas sempre me vejo parado
Com relação
Sugar para fora da mente
A mais pura e forte ilusão
Me cria doenças sem curas
Talvez vontade de destruição
Mas quando me encontro ao seu colo
Tudo não quer mudar não
E volta a ser como magia
O que foi passado, verão
Amigos me falam e conselhos me dão
Razoes para tudo
Já não tenho não
Mas confesso
No silencio da cuca
Perdi-me de meus caros irmãos
A sorte é que tenho no peito
Um forte e prateado brasão
Que me recolhe os cacos
E me junta como um punhado de pó no chão
Como uma fênix eu volto
Com sorriso no rosto ate
Mas logo me revolto ou me iludo
Não passa de mera ilusão
Criada pela força da paixão
Amor pela vida
Quero voltar a ter
Saúde paz alegria
Mereço ou quero morrer
Com meus sonhos
Encanto
Numa piscada me vou
Sacudo a poeira dos cantos
Saúdo e canto onde estou
Não peço nem culpo
Moradores do meu coração
Que me reservem uma só gota de revelação
Apenas imploro
Que não me esqueçam
Em caixas esquecidas
No porão.
Na solidão.
Nada mais
não
Obrigado a você que sempre tentou me ajudar, mas nem sempre fui capaz de me deixar acordar.
Desculpe-me pelos erros que cometi.
...e pelos que ainda posso cometer
Prometo, irmão.
Que um dia descubro quem eu sou.
E volto para ajudá-lo.