A alguém que se sinta livre, como eu, depois de se descobrir feliz...

Sinto que como se fosse à primeira vez, alguém me toca com certa diferença, sinto também que esse alguém não entendeu isso ainda.

É apenas um amigo, e isso é que me assusta, não sei o momento certo para dizer algo tão importante assim, e se talvez for importante só pra mim, e se eu estiver querendo algo que só eu vi.

Será que só eu vi que em você encontrei minha outra parte? Será que o mundo não te mostrou uma realidade fora do mundo real? Ou será apenas que você ainda não é capaz de ver além dos olhos de alguém?

Enxerguei a tua alma no instante em que nos vimos pela primeira vez, encontrei a minha outra parte quando já havia desistido de tal busca...

Hoje sinto como se fosse necessário passar por tudo e chegar a esse pequeno ponto para entender... Enfim cheguei onde queria!

Descobri através dos meus próprios instintos que as emoções são como cavalos selvagens e que é preciso saber domina-las, segui os rituais que o tempo se encarregou de deixar com que eu esquecesse.

Senti o vento de repente e dentro de mim um calor que não era somente no meu corpo, mas na minha alma também, e lembrei a cada minuto de como seus olhos se encarregavam de me dizer “olá” e nossas almas já tinham dito isso a muitas horas atrás antes mesmo dos nossos olhares, ouvi você batendo pela primeira vez na minha porta de entrada e senti uma imensa vontade de sorrir, quis ter alguém, quis ter você, te olhar depois de tudo o que pudesse nos acontecer se ficássemos uma, somente uma noite inteira juntos...

E descobri coisas no seu mar negro, coisas sobre mim, sobre você, coisas que nem mesmo o convívio de uma vida inteira iria me revelar.

Preferi não entender nada, parece até que acordei de um sonho e nunca mais voltei ao mundo de antes...

Nathalya Etchebehere
Enviado por Nathalya Etchebehere em 31/07/2007
Código do texto: T586652
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