Uma carta para um amigo

Mossoró, 21 de abril de 2017

Meu querido;

Olha, chega um tempo na vida da gente que a gente quer apenas absorver as coisas que um dia passaram pela gente e tivemos como vivê-las, por questão de prioridades, por muitos fatores que não cabem dizer aqui; mas saiba que você é parte dessa fase que gostaria de viver, uma fase de bons momentos, de sorrisos, abraços, conversas jogadas fora; algo que não note o tempo passar com tanta velocidade.

E por falar na velocidade do tempo, a vida colocou você no meu caminho e em tão pouco tempo você revela desejos tão intensos por mim, e sequer sentiu meu cheiro, o toque da minha pele em sua pele, o sabor de um beijo demorado, daqueles de quando descobrimos que estamos apaixonados na adolescência; isso mostra que ainda podemos sentir prazer um pelo outro, mas espera um pouco, espera que eu te veja pessoalmente e sinta o calor do teu abraço, espera que a paixão vire amor maduro, cumplicidade e vontade de ficar por mais tempo.

Eu não sei quem te perdeu, não sei da tua história, do que te agrada ou te faz sofrer, só sei que quero um amor maduro, aquele que espera um pelo outro, se gosta, se respeita e se completa.

Carinhosamente,

Zilma.