Eu sei...

O que eu precisarei fazer, para lhe mostrar o quão maravilhosa é a vida? Temos tão pouco tempo para sermos livres, que seria uma covardia deixá-la para trás. Eu não posso fazer isso... Bati em meus próprios peitos e gritei aos céus que eu não deixaria de tentar, que nada no mundo me levaria ao chão, e ainda será assim. Sei que a cada passo que nós damos, rachaduras se abrem no chão e tentam nos afundar, sei que cada vez que respira, seus peitos ardem como se não houvesse mais o ar... Mas, eu também sei que quando aquela pequena e última folha de seu orvalho caiu aos nossos pés, você chorou. Um choro leve e repleto de verdade. Sei que, quando aquela primeira rosa em nosso jardim se abriu, seus olhos brilharam, e refletiram a luz daquelas rosas... Eu sei o quão belo é seu sorriso todas as manhãs e o quão pura é sua alma. Eu sei de tudo o que nós já vivemos, meu amor... cada momento de ódio, raiva e dor pelos quais passamos... E ainda sim, eu estou de joelhos a sua frente, lhe pedindo para ser minha mulher essa noite... Só mais essa noite...

Desamarre essas cordas que não a deixam vir até mim, tire todos esses pesos que lhe impedem de voar. Quero ver o brilho das estrelas em seus olhos novamente, quero ouvir o canto da mais bela sereia vindo de sua voz... Se lembra de nosso primeiro beijo? Pedacinhos dos céus, caíam sobre nossos corpos enquanto nos beijávamos... Quero senti-los novamente, me ajude. Me ajude a tê-la.

Victor Emanuel Gonçalves
Enviado por Victor Emanuel Gonçalves em 26/05/2017
Código do texto: T6010317
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