Papai,
Eu queria começar esta carta nos moldes bem antigos: Ao escrever estas mal traçadas....não. Vou te escrever falando de outro jeito, de outras coisas ...relembrar...faz tão bem!
Quando te conheci lá pelos idos de 1968, num dia chuvoso, frio, no meu local de trabalho, todo espirrado de barro, com cara de quem queria se esconder, me encantei com seu jeito, envergonhado. Olhava para suas calças sem compreender porque o motorista do ônibus teve que passar tão depressa, pela poça de água e te dar aquele banho. Estava muita raiva. Também pudera! Pretendi preencher a vaga que estava em aberto para o laboratório. Mal sabia que era ali o começo de tudo, não e, papai?
Você, de jovem acanhado (agora sei que não era, que era “apenas charme”) de rosto moreno...olhos castanhos, lindos, transformou-se num homem. Homem honesto, trabalhador, fiel, companheiro, amigo, cúmplice,no paizão melhor ainda
PAIZÃO, mesmo! Em todos os sentidos. De todos os ângulos! Você sabe que todos os teus filhos te adoram, te respeitam. Nossa e como!
Passa o tempo...entra ano, sai ano e você do mesmo jeito, mesmo temperamento, mesmo vício – futebol- agora não joga mais; apenas assiste. Nem quando o São Paulo faz gol você grita, ou pula! É engraçado . Você levanta o punho bem alto e dizendo : ai!!. Teu filho grita bravo, irritado, é corintiano...
Teus filhos não saíram a você nesse particular, saíram à minha família. Os tios gritam, pulam, batucam. Todos são corintiano, Cruzes! Não, não, não! Não puxaram a mim, não ! Não gosto de futebol. Esse pecado eu não levo, não.
E quando o corintiano do teu filho começa a tirar uma onda com você por causa do time, e do irmão o são-paulino, as noras palmeirenses. Que fuzuê, meu Deus! É disso que você gosta, dessa vibração, dessa movimentação com a família.
Você não imaginava que nossa vida fosse dar juros e ainda correção monetária, não e? Não se incomode, que do jeito que o tempo está correndo , o Danilo - o Jefferson já assiste ao jogo e discute com você- estará sentado do teu lado assistindo ao jogo. Nem falo da Bruna, nem da Maria Júlia – será que elas vão gostar de futebol?
Então “seu” Edson, Mais um ano, mais um dia dos Pais. Lembra o primeiro. Você até chorou. Emoção nos olhos , na alma.
Parabéns pelo dia dos pais. Parabéns ao seu pai! Parabéns por ser o melhor pai do mundo.
Tua fã, eterna admiradora.
Eu queria começar esta carta nos moldes bem antigos: Ao escrever estas mal traçadas....não. Vou te escrever falando de outro jeito, de outras coisas ...relembrar...faz tão bem!
Quando te conheci lá pelos idos de 1968, num dia chuvoso, frio, no meu local de trabalho, todo espirrado de barro, com cara de quem queria se esconder, me encantei com seu jeito, envergonhado. Olhava para suas calças sem compreender porque o motorista do ônibus teve que passar tão depressa, pela poça de água e te dar aquele banho. Estava muita raiva. Também pudera! Pretendi preencher a vaga que estava em aberto para o laboratório. Mal sabia que era ali o começo de tudo, não e, papai?
Você, de jovem acanhado (agora sei que não era, que era “apenas charme”) de rosto moreno...olhos castanhos, lindos, transformou-se num homem. Homem honesto, trabalhador, fiel, companheiro, amigo, cúmplice,no paizão melhor ainda
PAIZÃO, mesmo! Em todos os sentidos. De todos os ângulos! Você sabe que todos os teus filhos te adoram, te respeitam. Nossa e como!
Passa o tempo...entra ano, sai ano e você do mesmo jeito, mesmo temperamento, mesmo vício – futebol- agora não joga mais; apenas assiste. Nem quando o São Paulo faz gol você grita, ou pula! É engraçado . Você levanta o punho bem alto e dizendo : ai!!. Teu filho grita bravo, irritado, é corintiano...
Teus filhos não saíram a você nesse particular, saíram à minha família. Os tios gritam, pulam, batucam. Todos são corintiano, Cruzes! Não, não, não! Não puxaram a mim, não ! Não gosto de futebol. Esse pecado eu não levo, não.
E quando o corintiano do teu filho começa a tirar uma onda com você por causa do time, e do irmão o são-paulino, as noras palmeirenses. Que fuzuê, meu Deus! É disso que você gosta, dessa vibração, dessa movimentação com a família.
Você não imaginava que nossa vida fosse dar juros e ainda correção monetária, não e? Não se incomode, que do jeito que o tempo está correndo , o Danilo - o Jefferson já assiste ao jogo e discute com você- estará sentado do teu lado assistindo ao jogo. Nem falo da Bruna, nem da Maria Júlia – será que elas vão gostar de futebol?
Então “seu” Edson, Mais um ano, mais um dia dos Pais. Lembra o primeiro. Você até chorou. Emoção nos olhos , na alma.
Parabéns pelo dia dos pais. Parabéns ao seu pai! Parabéns por ser o melhor pai do mundo.
Tua fã, eterna admiradora.