Por enquanto

Enquanto eu, na minha solidão, busco alguém a quem se deve confiar, a quem se deve ter respeito, carinho e admiração

Eu tenho você, e ao mesmo momento, não tenho ninguém;

Conto tudo a você, me ouvi calado, trocamos segredos que seriam crimes inafiançaveis.

É um companheiro e como eu um romântico sonhador, é um solitário e misterioso companheiro;

Porém, somos amigos, nada de beijos ou abraços fortes e apertados entre nós.

Preferi assim, tive medo, e nem sei de que!!!

De mim talvez ou até mesmo de você, medo de me apaixonar ou te afastar, da solidão ou da indiferença te magoar

Sob pétalas de rosas condenáveis a quaquer mortal, por instantes, meus olhos não respondem por mim, e eu te vigio, te observo como se tudo o que eu sentisse estivesse no meu modo de te olhar; E está...

E a ternura se torna vasta como meu carinho e minha platônica e suposta admiração

È assim que os outros pensam que acontece com a gente; mas quem sente, a alma é minha e a insegurança também.

Fechei meus olhos por instantes, e de repente quis saber qual seria a reação minha se por subto impulso me beijasse...

Por enquanto eu fico, eu me cego, eu não vejo;

Por enquanto você vai, me enxerga, você me vê...

Talvez eu fuja, eu finja, eu negue; Quem sabe um dia você me busque, desminta, assuma;

Vejo as bússulas do destino mudando as areias de lugar;

Vejo os vendavais levando grandes lembranças do que eu fui;

E vejo você se aproximando pela primeira vez da minha porta de entrada.

Talvez dessa vez, pela última vez, eu te deixe entrar ou você não me deixe sair...

... por enquanto!!!

Nathalya Etchebehere
Enviado por Nathalya Etchebehere em 13/08/2007
Código do texto: T605304
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