a despedida

Para o meu querido...

Luiz de Alcântara

O meu coração que despertou numa tarde ensolarada! Quando de um dia chato você me resgatou...

Antes disso...

No fim do dia, cansada, você me deu carona pra casa, sem palavras, mas mesmo assim sua presença foi mais forte do que qualquer atitude!

Eu só queria lhe dizer que eu nasci naquele dia, e mesmo que você esteja lutando para não admitir que está morrendo aos poucos sem nós, sem mim baby, eu sinto, pelo o seu silêncio!

Amor eu quero te lembrar que já são quase dois meses sem você, e talvez, talvez não! Eu não irei sobreviver no fim pra lhe dizer o quanto eu te amo! E que eu enfrentaria um exercito se necessário fosse pra ter você novamente em meus braços, sim! Estou louca! Mas por você eu morreria se esse fosse o castigo por te amar.

Você voltou a viver! Fico muito feliz, libertou sua alma afastando-se de mim, acredite, a minha continua acorrentada, e eu não quero me libertar, não sei quanto tempo irei viver, mas por enquanto estou assim, e isso talvez seja ruim pra mim, apenas pra mim...

Meu amor...

Por que eu?

Por que fez amor comigo? Por que você não desapareceu no dia seguinte? Acredite eu não iria atrás, não mesmo! Você foi ficando, e cada dia que passava me amava com mais vontade, nos aproximando mais e mais, olha como eu estou? Dependente, e totalmente sem chão, nossa! Precisava escrever pra lhe dizer como me sinto, feliz por ter conhecido um homem como você, e terrivelmente debilitada por ter deixado esse amor me consumir tanto, sei que assim como você já encontrou um novo corpo para afagar suas frustrações, eu também irei encontrar, só não seja covarde, não colecione sentimentos nem aprisione corações isso pode lhe custar muito caro! Veja no que Adelaide se tornou por você ter sido tão covarde, no que eu estou me tornando, então não, não seja um colecionador, seja forte meu amor, para decidir na hora certa o que deve fazer sem precisar magoar ninguém ou fugir antes de tudo ser dito, seja forte!

Você se lembra de todas as nossas promessas?

Das vezes que perdemos a noção do tempo, que o mundo parava pra nós? Que tudo o que queríamos era sermos feliz, com os nossos filhos? De repente tudo se desfez, meu amor eu entendo você, não estou sendo injusta, acredite! Só quero que se lembre de tudo o que vivemos e saiba que essas serão as únicas lembranças que terei, do único amor da minha vida, por que nenhum outro me fará feliz como você me fez, eu te amarei com todas as minhas forças eternamente, até o dia em que não existir mais nenhum de nós...

Passarão por nós muitas primaveras, mas eu permanecerei num eterno inverno sem você!

Adeus meu querido Luiz.

Eva Macêdo

Obs: A carta de Eva para Luiz, do livro 'Adelaide'.

Cristina Campo Bello
Enviado por Cristina Campo Bello em 14/08/2017
Código do texto: T6083431
Classificação de conteúdo: seguro