Para a Adorável Júlia

Augusto Correa, 26 de novembro de 2017.

Querida Júlia,

Levado pelas tuas constantes e afetuosas demonstrações de amizade decidi retribuir, gentilmente, publicando no Recanto das Letras o quanto és importante.Em uma clara afirmação de que a tua amizade é um tesouro inestimável; jóia rara de se ver.

Lembro-me que iniciamos esta amizade sentados na sala de leitura de uma biblioteca. Lias "Os Trabalhadores do Mar", obra de Victor Hugo; em um breve momento pediste licença e perguntaste se eu já havia lido tal obra. Na verdade era uma licença para que entrassemos na vida um do outro e sobrepujassemos ao tempo e ao espaço. É minha cara, os dias se transformaram em anos e, posteriormente, em decadas. Exatas duas decadas e meia de dedicação e cuidados de ambas as partes. Vejas que até me perguntaram se eramos parentes ou namorados. Não me ofendi, pois essa demonstração de amizade que nutrimos um pelo outro é verdadeira e recíproca. Confesso que até que tentamos intensificar os sentimentos porém prevaleceu o amor fraternal. Rimos muito dessas tentativas. Lembras? Júlia, a tua honestidade reflete em todos os aspectos do teu carater. A tua gentileza a todos cativa. És bela fisica e espiritualmente, pois tens me mostrado o lado iluminado do homem. Sou grato a tua amizade.

Poderia relatar inumeras ações tuas que me fizeram refletir sobre egoismo e fraternidade, porem me detenho naquela que a mãe apenas xingava a garotinha e te sentaste no chão, sujando a calça e brincaste com ela,enquanto a mãe assistia pasma imaginando que tu eras funcionaria do parquinho. Tens defeitos e sabemos quais. Entretanto, as tuas qualidades superam e sufocam tais defeitos.

Quero que saibas que a tua amizade me faz bem e encontrou segurança no meu coração.

Do seu mais novo amigo, ha 25 anos,

Enoc A. Pinheiro (Doca II)

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Enoc Pinheiro
Enviado por Enoc Pinheiro em 27/11/2017
Reeditado em 27/11/2017
Código do texto: T6183167
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