CARTA AO MAESTRO AÉCIO FLAVIO RÊGO

Aécio, mano velho querido, parabéns a você pela passagem de mais um aniversário natalício, completando agora 77 anos de uma vida laboriosa e dedicada à criação dos seus filhos e netos, de permeio com aquilo que você mais gosta, a música!...

Relembrando o passado, estive relendo hoje, com prazer e saudade, o seu “A SAGA DE CONSTÂNCIO E FABIANA”, um relato sobre os nossos pais, Constantino e Flaviana, feito por você há dez anos atrás, em outubro de 2007 e que me comoveu até as lágrimas rolarem face abaixo.

Você, mano velho, produziu uma obra prima, com detalhes importantes acerca das nossas origens e dos nossos progenitores, os quais habitam, há muitos anos, o paraíso dos planos espirituais, quem sabe tocando e cantando para os anjos celestes sob as bênçãos de Deus, nosso Pai Eterno e da Virgem Maria Santíssima.

Esse trabalho deveria ter sido transformado em livro, pois resume muito bem a trajetória da nossa família, capitaneada pelo “Seu” Constantino e Dona Flaviana, ambos dedicados à criação, educação e formação da sua grande prole, ou seja, eu, Roberto, você, Aécio, Rubinho, Silvinho, Maria Inez, José Afonso, Marilene (“China”), Constantino (“Tininho”), Mariza e o caçula Antonio (Toninho), que faleceu, por problemas cardíacos, antes de completar um ano do seu nascimento.

Sua brilhante peça literária passa pelo nascimento do nosso pai Constantino em Januária, norte de Minas, sua internação no Instituto João Pinheiro em Belo Horizonte/MG, após a separação da nossa Vó Iaiá (Dona Laura), providência tomada

pelo tio José Augusto, daí para sua transferência para o Cedro (hoje Caetanópolis), feita pelo Dr. Alexandre Mascarenhas, um dos diretores da Cia. Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira, onde o nosso pai trabalhou por uns seis anos.

Naquela tecelagem, o Velho Rêgo se notabilizou, esmerando-se no trabalho e, de quebra, passou a jogar futebol do CEDRO ESPORTE CLUBE, o clube da organização fabril, mostrando as suas qualidades de desportista, a principal delas o seu forte chute de direita ou esquerda, pois batia bem com ambas as pernas. Além disso, nosso pai ainda encontrou tempo para mostrar suas habilidades musicais, tocando clarineta na famosa banda de música “Euterpe Santa Luzia”, dirigida pelo Maestro Zebedeu. Da banda, ele passou a tocar no côro da Igreja de Santo Antonio, sempre aos domingos, quando conheceu nossa mãe Flaviana, a qual cantava no côro da matriz.

E aí você prossegue na sua narrativa, passando pelo casório de pai e mãe, pela sua transferência, alguns anos depois, para Belo Horizonte, onde ingressou na Companhia Renascença Industrial, pelo nascimento do restante da prole, pela nossa iniciação musical, tocando nas famosas Barraquinhas da Renascença, promovidas pelo Padre Pedro Lacerda Gontijo, pelas nossas apresentações na Rádio Guarani aos domingos, no programa “Gurilândia”, comandadas pelo pianista russo Maclerevsky, pelo seu crescimento artístico, conhecendo e interagindo com músicos famosos da capital mineira e assim sucessivamente.

Portanto, Aécio, mano querido, renovo meus parabéns e augúrios de muita saúde e felicidade pra você e todos os que lhe são caros. Abração do, sempre,

BETINHO

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 18/12/2017
Reeditado em 22/01/2018
Código do texto: T6201984
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