QUANDO SENTI MINHA FALTA

Deusa grega.

Quando sentir vontade de me ver e a saudade não lhe permitir tal aproximação, lembre-se das coisas simples da vida, como o canto dos pássaros, o sorriso de uma criança, o nascer do sol, o luar encantador, o brilho das estrelas, o som das ondas morrendo a beira-mar, as flores e a brisa que toca seu rosto todas as manhãs.

Tudo isso pode parecer simples, mais tem um significado muito importante para mim e para você.

Fazendo isso, procurando-me nas coisas simples, você não sentiria tanta saudade que senti, sim, pois quando estávamos juntos sempre lhe disse que se algum dia nós nos separássemos por mais de duas horas, você me procurasse observando cada dádiva da natureza que já citei acima.

Pois quando a saudade me aperta o peito e não vejo você, eu faço isso, sento-me entre as flores e penso em você.

Quatorze anos depois daquela tarde de domingo, quando juntos víamos as borboletas voarem nas flores do nosso pequeno jardim, eu ainda lembro-me de você estendendo o dedo para que as borboletas pousassem nele.

Nem eu e nem você jamais poderíamos imaginar que; breve seria o dia que nos separaríamos por mais de duas horas, mais por todo o período de tempo já mencionado no inicio do terceiro parágrafo.

Passado todo esse tempo eu não sei você, mais ainda sinto sua falta, procuro supri essa ausência, esse sentimento que deixa a sensação de vazio, onde deveria existi um espaço ocupado pela sua presença.

Lembra-se de como me ensinou a ti ver se caso nos separássemos por mais duas horas? É o que estou fazendo neste exato momento, ao terminar de ler esta carta, caso você tem lido as cartas que tenho lhe enviado todo esse tempo.

Escrevendo-lhe mesmo não tendo a certeza se você ler as cartas, é sim uma maneira de manter vivo o sentimento que tenho por você.

Um lindo abraço. Deusa grega.