A CERIMÔNIA DAS ROSAS
              
   Para o texto:
                                     "Alma em trevas"
                         de Paulo da Cruz Gomide




 Final do ano, mais um aniversário de Branca,
 haveria uma crimônia na Igreja frequentada pela
 família, a menina teria completado quinze anos
 mas já não estava aqui neste plano, havia partido
 no começo do ano por vontade própria.
 Os problemas que ela enfrentava, a depressão,
 foram maiores que sua vontade de continuar viva.
 Quando eu recebi a notícia de sua morte pelo
 telefone, não acreditei, fiquei em choque.
 Sua avó me ligara dizendo que ela havia suicidado
 naquela tarde enquanto seus pais e a irmã tinham
 se ausentado de casa.
 Eu ainda telefonei para uma amiga em comum para
 me certificar que não estava louca, que aquilo não
 era um pesadelo...
 Uma menina tão bonita, inteligente, fazer algo assim?
 Como entender?
 Mas havia agora uma cerimônia, e os pais pediam 
 para quem fosse à missa em sua memória levassem
 rosas...
 Eu colhi todas que haviam no jardim, coloquei numa
 jarra plástica e levei na missa.
 Depois da celebração os parentes e amigos foram chamados
 até o altar e fizemos um círculo. Eu fui doando as minhas
 rosas para aqueles que não haviam levado as flores.
 Quando terminei todos estavam com uma rosa nas mãos.
 Oferecemos então à Nossa Senhora das Graças, a 
 padroeira daquela Igreja. A Imagem que eu gosto mais
 de Nossa Senhora.
 Rezamos, oramos e voltamos para nossas casas...
 Pedimos e eu ainda peço pela alma de minha priminha
 que se foi tão precocemente.
 Que ela esteja num plano de muita paz e luz.
 Seus pais estão tentando refazer a vida depois dessa
 perda imensa. Eles tem muita fé. Que Deus os ampare
 sempre e Nossa Senhora proteja a todos!






                            
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 05/07/2018
Reeditado em 05/07/2018
Código do texto: T6382352
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