Magrin

Talvez eu nunca tivesse prestado atenção em como você era legal comigo, em como me dava atenção, e queria estar ao meu lado. Parece clichê querer te escrever, agora que você já não pode ler. Mas poxa neném, você me conhece... eu sempre tive medo das consequências do nosso sentimento.

Medo do meu pai me proibir de te ver, ou me expulsar de casa por querer ficar com você.

Você nunca temeu perigo algum. (Doido,doidinho) sempre me afirmando que tudo daria certo, a partir do momento que eu tivesse coragem e fosse além.E eu não fui. Me perdoa por isso, perdoa eu ser tão egoísta e só olhar pra mim mesma. Mas eu não sei se faria diferente, e isso me assusta. Muito.

Você lembra do nosso primeiro encontro? (risos)

Eu te chamei pra ir comigo numa fábrica de camisetas (e que desculpa mais esfarrapada) tudo isso, pra ganhar um beijo seu. O que se parar pra analisar, não faz sentido algum. Eu que te chamei pra sair, e você que me roubou o beijo. Mas me diz, quando que algo relacionado a nós dois fez sentido?

Talvez eu só queira um modo de tenta suavizar a sua morte, tentar entender porque ninguém se importou em investigar, ninguém me deu respostas. Choro em silêncio, enquanto o que eu queria mesmo era gritar com toda força: VOLTA!

Ester Mendes
Enviado por Ester Mendes em 06/08/2018
Código do texto: T6411087
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