PARA UM (DES)AMOR!...
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Tentei não acreditar no que eu via e, principalmente, no que eu ouvia!

Sons que doíam meus tímpanos e naturalmente meu coração!

Falava de outros amores como se eles fossem objetos descartáveis, dizia sobre tentativas que, se não dessem certo, teriam sido,  apenas, novas aventuras!

Falou durante uma infinidade de tempo que perdi a noção do meu mundo circundando em face, também, das horas!

O que mais me entristeceu foi ter a certeza que figurava no seu horrendo enredo!

Peças de ourivesaria ensaiada para ornar o dorso de um desencanto de gente que, aos olhos, encanta e fascina...

nada mais!

Segue ingrata tentando e  testando seu único predicativo que é a beleza que o tempo rouba por estar apenas no corpo! 

Siga porque a vida vai cobrar desses atos insanos e que iludem tantas almas que lhe servem de cobaias para a oficina do amor!

Siga e não leve saudades minhas!

Vá e não ouse blasfemar que lhe servi no desabafo das suas carências e  no calor das horas que, para mim, foram perdidas!

Prossiga sem medo, 
pois jamais ousarei dirigir meus olhos aos seus e 
sobretudo sobre eles, novamente!

Algumas coisas, infelizmente, nada acrescentam, mas roubam de nós a entrega...

furtam da gente o que mais desencanta o riso, amarga todo o doce do coração e 
do beijo...

por isso, 
não apareça no meu espaço porque eu não quero machucar meus olhos...

nunca mais!

© Balsa Melo

                 02.11.06
             Cabedelo - PB
BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 07/09/2007
Reeditado em 07/09/2007
Código do texto: T642587
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