Literalmente, ela cerrou os olhos.

Corpo fechado! Ela acredita nesse tipo de coisa. Uma perspectiva que determina a missão de cada ação e pessoa. Achei patético, logo digo. A muito tempo os quânticos disseram que não é o gato e nem o veneno que decidem o verdadeiro estado a que pertencem, apenas acontece e sabemos o resultado após vermos. Ela deveria tirar da cabecinha que nada pertence a um corpo fechado, pode estar, naquele momento, com a situação cerrada, mas limitada jamais. O tempo cessa, as opções não!

Acho muito bonitinho essa forma de perspectivar. Chega a ser um forma de brincar também. É como se na roda decidissem que João irá casar com Maria, mas esquecem que Giovana pode ser mais preferível à Maria e Marcela ser a verdadeira intenção de João. Pedro, que chegou depois, e nem estava na brincadeira, decide que quer Maria e não está nem ai para os pares antes formados. Então, a brincadeira toma outro rumo ou acaba?

Vejo de muito, aqui nestas ruas, essas brigas longe de maturidade. Se vem de condomínio só pode ser playboy, não pode ser rapper. Se está contando piadinhas, tem que estar num bar fazendo stund up e não na televisão, se não é besteira. E o que mais me impressiona é que tem uns que dizem usar umas coisas naturais e estarem em liberdade e ascensão do ser.

Amiga... Eu acho isso um verdadeiro horror! Mas eu me mato de rir dessas brincadeiras alheias a tanto gosto, que chego a me trancar em casa com medo de estarmos brincando de teatro e a cena de humor se transformar em cena de ação e violência.

Atenciosamente, Clara Nuvens.

Clara Nuvens
Enviado por Clara Nuvens em 18/10/2018
Código do texto: T6479861
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