Carta à Dona Morte
Dona Morte,
A Vida anda muito estressada. Disse que era boa e que me faria feliz, mas isso não é verdade. Eu não consigo mais caminhar tranquilamente sem que ela encha minha mente de turbulações e me sufoque com suas toxinas, porque ela, Dona Morte, é tóxica. Jurava ser antídoto, mas está me envenenando. Está me parando. O veneno corre por minhas veias e meu corpo morre. Agora me diz, Dona Morte, eu vivo a Vida ou ela me mata?
No final, o que importa é que vou deixá-la, cansei das mentiras e o fracasso disfarçado de destino. Estou desistindo da Vida. Me espere, logo chego aí. Não se preocupe em me buscar: pego um atalho.