Transição

Eu não sei quem sou agora, mas sei que estou em mudança. Nuvens negras sobrevoam o céu e um vento rotatório tira-me do chão. Lutas incessantes contra a incerteza cuja minha vida foi fadada. À marteladas meus ossos são quebrados e meus joelhos já tocam o chão. Medos antigos renascem de brancas cinzas, flagelos dos quais eu corro sem fôlego. Será toda caminhada vil? Contra o que, de fato, eu corro?

Não há ao menos um abrigo e o horizonte torna-se cada vez mais distante. Expatriado de mim, busco a cada instante uma gota de complacência. Milhas são percorridas a cada dia, porém a areia é a mesma.

Não se pode ser honesto jogando consigo mesmo. Voltarei ao meu lar? Abrirei as portas da minha mente, mas quem estará lá me esperando na lareira?

WBG
Enviado por WBG em 24/11/2018
Código do texto: T6510977
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