Ao amor que não tive.

Escrevo cartas endereçadas a ninguém.

Entenda bem.

Para toda carta existe sobrenome.

Um desejo de recepção tardia.

E um olhar que busca compreensão.

No entanto, em cada endereço há uma morada.

E seus donos, frágeis, não podem ler,

O que com os olhos foram escritos.

Escrevo cartas para todas as pessoas.

E aproximo-me delas nesse universo irreal.

Eu anseio por respostas que não chegam,

De pessoas que não leram,

Cartas que escrevi chorando.

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 09/12/2018
Código do texto: T6522432
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.