Um mergulho fundo na alma

Voei alto pela imensidão do oceano, ultrapassando barreiras, horizontes e recifes de corais.

E cismo de inventar amores e ilusões para além do céu azul, pintando a tela da minha própria vida e atrevendo-me a viver no limite de tudo. Mas, é no silêncio que me desnudo para livrar-me dos artifícios que bloqueiam a evocação libertária da alma.

Emaranhanhei-me nos fios da ilusão que desfazem a vivacidade cotidiana.

Alimentei-me de paixões tórridas e fugazes que me fizeram experimentar o gozo dos sentidos. E banhei-me de rosas brancas no intuito de amenizar o impulso carnal. Entoei rezas. Murmurei cânticos sagrados pedindo para que o vento me levasse para terras distantes.

Abri meu peito à coragem, ausente, para despistar o medo da perda.

Coragem nunca foi o meu forte. Coragem sempre foi minha fraqueza entranhada nas vísceras.

Vivi Peixoto
Enviado por Vivi Peixoto em 05/01/2019
Código do texto: T6543588
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