OLHOS FECHADOS

Um filete de luz rasgou meus olhos, em uma vã tentativa de enxergar ao redor.

Meu dia é minha noite.

Olhos fechados, escudo inútil.

Meu sono é meu refúgio da alma, mas não nunca será impune; meu corpo é sua prisão.

A viagem desconhecida, ou esquecida. O Eu inconsciente, em cada sensação uma luta imaginária e sem chão.

Sou ao mesmo tempo adversário e expectador.

A torcida e o observador.

A luta do ego com o invólucro carnal

E a centelha divina? É real?

A minha mente ludibriou minha essência.

Sou uma e outra.

Sou Luz e sombra.

O TODO e o NADA.

E ainda assim....

De olhos fechados não sei quem SOU.

Drica Barreto

Drica Love Barreto
Enviado por Drica Love Barreto em 09/05/2019
Reeditado em 09/05/2019
Código do texto: T6642982
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