Tudo o que odeio em você

Odeio tanto quando teus olhos ficam presos em meus pensamentos, quando minhas viajens ficam presas em seus versos.

Odeio tanto quando percebo que cada palavra saindo é para cada pintinha no seu rosto.

Odeio quando prometo para mim mesma que é a última vez, só para encontrar cada gíria sua nessas linhas.

Odeio quando penso como seria a sensação de você perto demais de mim.

Odeio quando penso como seria divertido,

Como seria diferente,

Como seria interessante,

Como seria o caos,

Como seria o começo do fim,

Como seria a bagunça!

Odeio como me sinto traída, quando meus olhos param tempo demais em você.

Odeio a facilidade com que escrevo sobre cada pedaço seu.

Odeio essa URGÊNCIA de te tirar daqui de dentro.

Odeio parar mais um dia só para imaginar um nos,

Imaginar um beco sem saída,

Imaginar um talvez,

Imaginar mais formas de trancar tudo isso antes que exploda!

Odeio esse platônico que me faz sonhar a noite.

Odeio esses olhos escuros e a vontade que tenho de me afogar neles!

Odeio gostar de cada curva do seu corpo.

Odeio gostar de cada alteração de humor e aquele sorriso de canto.

Odeio tanto mais uma folha imaginando o seu cheiro, seu dengo, seu desejo…

Odeio cada palavra não dita, sorriso engolido, brilho apagado…

Odeio cada pedaço de mim que treme de expectativa.

Odeio tanta coisinha, mas odeio ainda mais a facilidade que esse platônico entra e sai de mim…. até parece que é ele que manda aqui!