ORFANATO:
Um conto de Natal...

 
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Sempre quis num natal, de presente
Nem que fosse, uma veizinha
Uma mala inteirinha
Dos presentes, que nunca ganhei!
 
Nunca ganhei amor
Também nunca tive carinho
Nada, nenhum tantinho
Destes presentes ganhei!
 
Não tive mãe e nem pai
Sequer tive um lar
Só sabia de escutar
Mas isto tudo, eu não ganhei!
 
Não tive educação
Ninguém me ensinou escrever
O que só podia fazer...
Era pensar nas coisas, que não ganhei!
 
Depois, já um pouquinho maior
Acostumando com a minha dor
Da falta e na falta do amor
E dos presentes que não tive!
 
Pelas ruas á vagar
Anestesiado pelo frio
Banho? Só se fosse de rio
Pois nem chuveiro eu tive!
 
Por aí batendo cabeças
Adormecendo pelo chão
Cobertor de papelão
Essa, era a cama que eu tinha!
 
Jogado no meio da praça
Uma criança carecida de futuro
De aconchegos, de sonhos, de tudo
Do tudo, daquilo que nunca eu ganhei!
 
Mas a coisa começou a mudar
Sem saber, fui para um orfanato
Faminto, drogado e fraco
Mas uma luz, ali se acendeu!
 
É claro que era, a Mão de Deus
Quem me ajuntou da sarjeta
E me cobriu com sua jaqueta
Muito bonita, e  Dele; eu a ganhei!
 
Eu, que nunca tive coisa alguma
Nem bonecos, carrinhos, nem petecas
Nem navios, aviãzinhos, nem bicicleta
Ganhei um colo e o carinho de Deus!
 
Mas a vida, me foi desse jeito
Ao menos estou vivo
Hoje tenho muitos amigos
Que do tempo eu ganhei!
 
Tenho um lar abençoado
Tenho saúde e família
Tenho esposa, netos, filhos e filhas
E um Deus Maravilhoso
Que nunca saiu do meu lado!
 
Estudei, me formei
Hoje, viajo pelo mundo

Tenho do bom e do melhor
Consegui sobreviver, passando pelo pior!
Temente e amando a Deus!


...trabalho e tenho um ótimo salário
Conquistei dignidade,
...também ganhei minha liberdade
 E até comprei um bom carro...
Um presente, que a mim mesmo me dei!